sábado, 19 de julho de 2014

Sabe qual a parte ruim de crescer? Não, não é ficar velha (o) ou perder aquela agilidade e começar com as dores. Isso faz parte e junto vem a maturidade e mais sabedoria; Também não é ter mais responsabilidades e ter que cuidar do próprio nariz. Você acaba se acostumando com isso e vira uma rotina simples do dia a dia, mesmo que às vezes você tenha vontade de surtar e fugir; Nem é não brincar mais como antigamente, até porque isso é opcional, já que, mesmo sem aquela agilidade da infância, você pode brincar e se divertir como criança, basta querer. 

O que é ruim mesmo é perder a ingenuidade e inocência na marra e perceber que existem pessoas tão ruins quanto as bruxas dos desenhos ou até piores. Que existem indivíduos mentirosos de fato que vão tentar te enganar em próprio proveito como aquelas raposas do Pinóquio e, ainda por cima, ter que conviver com esse tipo de gente todo dia.

Isso sim é algo que sinto uma imensa falta: a simples e deliciosa ideia utópica de que todos são bons, que a pior pessoa do seu convívio é aquele menino chato que te zoa e nem imaginar que o mal real existe de verdade e pode viver bem pertinho.



Seria bom se o mal tivesse cara... alguma marca para todos saberem. Mas a marca do mal está na alma e isso só consegue-se ver de muito perto. 

(Carol Rodrigues)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Medo

O que se faz com aquela sensação que aperta o peito e te faz recuar um pouquinho? Será que recuar é bom? Será que se jogar é bom? Existe um meio termo?
São tantas as dúvidas, tantos receios... queria mesmo poder viver de forma amena, de forma calma, sem medo. Queria mesmo não ser tão "escaldada"... 
Conforme fui vivendo essa minha vida, percebi que tudo que julgamos como algo que "deu errado", após um tempo se mostra como o melhor em nossas vidas. Então, por certo, deveríamos confiar nisso? Aham, mas ao mesmo tempo fico pensando: se o medo é na verdade algo que serve como alerta e devemos então confiar naquele caminho que nos é mostrado, o medo deve apenas nos alertar e não nos paralisar, correto?Nossos medos são baseados naquilo que pode ou não acontecer, então por que se tornam tão frequentes essas sensações ruins que o medo traz? Por que não conseguimos viver sem medo, confiando em nosso caminho, em nossas decisões?
São tantas dúvidas, tantos receios... a vida vai ficando cada vez mais cheias de traumas e pensamentos, dúvidas e estagnações. Queria mesmo não ser tão "escaldada"...
Ainda assim, fica a questão: recuar ou se jogar? Qual seria o meio termo? 









domingo, 6 de abril de 2014

Me contemple com teus beijos entre um momento e outro de distância para conversar;
Me lembre, mesmo enquanto ausente, que és presente;
Seja a força quando eu me mostrar frágil e saiba que farei o mesmo por ti;
Sejas tu o ser que me completas;
Sejas tu o ser a preencher meus defeitos com tuas qualidades, 
mas não esconda tuas fraquezas para que eu possa ver que também precisas de mim.
Quando sentires ciúme, te acalme e lembre-se de que você é o dono do sentimento maior do mundo e isso tornará o ciúme tão pequeno...
E chega de não ser imortal, posto que é chama e infinito enquanto dure. 
Apenas seja...



...e fique.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Por mim pulava-se etapas, chegava-se logo no mais simples e tranquilo, desligando todos os medos e encanações e aproveitando o mais puro e verdadeiro prazer de ser e estar. 


Como as crianças que apenas sentem-se bem por estarem juntas.

(Carol Rodrigues)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O Progresso do Desamor.

Não sei como os outros criam seus textos, poemas, mas eu faço assim: vem uma frase interessante na mente, a escrevo num papel qualquer e, dali, desenvolvo. É claro que para isso tem que ser bem sensível e um tanto poética, mas isso eu acredito que sou.

Enfim, me peguei pensando em coisas que minha mãe dizia e me lembrei da voz dela. Essa eu nunca esqueço, incrível! Mas e sobre voz de ex amor? (se é que isso existe, mas não vou entrar nesse mérito hoje). Bem, daí veio: 

"O Progresso do Desamor.". 

No início do fim, nós passamos por fases. A primeira é a negação. Falamos tudo usando o não ou palavras negativas tipo "não é possível, não pode ter acabado assim, como não percebi isso antes, por que não eu ou porque não ela (o)". Passada essa, vamos para raiva. Raiva ardente, agoniante e até mesmo antagônica, pois você odeia amar tanto. Quer xingar, quer bater, escrever textos de ódio, beijar o primeiro que aparecer... Então vem a terceira fase, a tristeza. Profunda e dolorida. Uma saudade daquela rotina, lembra da pessoa e chora (ou quase), uma vontade de ouvir a voz. Ahhh, a voz! Quando você percebe que não lembra mais da voz é quando você está ficando livre! Começa a lembrar dos momentos bons apenas como lembranças carinhosas e já não lhe trazem mais angustia. E você passa a ver as possibilidades da vida com mais clareza: aquele rapaz que sempre te deu 'bola' e você nunca, o amigo da amiga que já tem emprego bom, carro, quem sabe até filho (não é que ficamos interesseiros, mas a estabilidade atrai também), aquele ex caso que não deu certo por questões atemporais, passam a ser possibilidades. E você sente que enfim acabou todo aquele processo de desapego tão duro, tão difícil, tão doloroso, quase depressivo e pensa no Soneto de Vinícius em seu final e, claro que seria no final: "...quem sabe a morte, angústia de quem vive, quem sabe a solidão, fim de quem ama, eu possa lhe dizer do amor (que tive). Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.". Enquanto durou... 


A vida volta a ter cor, de uma forma diferente de antes, mas colorida. 

"Don't worry about a thing, cause every little thing is gonna be alright!"

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Anatomia da madrugada

Os pés que se roçam querendo carinho infinito;
As pernas que se entrelaçam numa dança única;
As mãos curiosas que procuram algo;
O nariz que parece querer se afogar em cheiro;
A boca que busca a outra boca beijando da nuca, pescoço ao rosto todo;
O amor encandecente que acontece em sua alma;
A vontade de tornar-se um ser só... 
O amanhecer mais gostoso todo dia. 
(Carol Rodrigues)


domingo, 12 de janeiro de 2014

 Me deixe partir como o vento que parte da face. 
Me deixe ir como alguém que solta um passarinho, 
pois sabe que ele precisa de vôos mais altos. 
Me deixe partir como quem sabe que nada mais tem a oferecer. 
Melhor assim. 
Assim, seremos apenas mais um um para o outro. 
Assim seremos apenas estranhos que passam reto ao se cruzar na rua, 
fingindo não ver. 
Assim, tudo que vivemos não passará de algo esquecido no tempo,
algo que só lembraremos vez ou outra 
para comentar quaisquer situações como exemplo. 
Seremos como um rio que foi uma nascente linda, 
mas secou. 
Um dia, num desses meus vôos mais altos, 
encontro alguém à minha altura. 
Quem sabe seja até você, 
que lembrou que também precisa ir além.
(Carol Rodrigues)