domingo, 12 de janeiro de 2014

 Me deixe partir como o vento que parte da face. 
Me deixe ir como alguém que solta um passarinho, 
pois sabe que ele precisa de vôos mais altos. 
Me deixe partir como quem sabe que nada mais tem a oferecer. 
Melhor assim. 
Assim, seremos apenas mais um um para o outro. 
Assim seremos apenas estranhos que passam reto ao se cruzar na rua, 
fingindo não ver. 
Assim, tudo que vivemos não passará de algo esquecido no tempo,
algo que só lembraremos vez ou outra 
para comentar quaisquer situações como exemplo. 
Seremos como um rio que foi uma nascente linda, 
mas secou. 
Um dia, num desses meus vôos mais altos, 
encontro alguém à minha altura. 
Quem sabe seja até você, 
que lembrou que também precisa ir além.
(Carol Rodrigues)

Nenhum comentário: