domingo, 29 de novembro de 2015

O que são alguns ovinhos quebrados?!

As pessoas são tão superficiais. As únicas relações profundas que temos acontecem na infância. São raras aquelas que, na vida adulta  aprofundam, que acrescentam e que são de verdade. A maioria, aos poucos vai se afastando, perdendo a intensidade, perdendo o "porque". 
Hoje eu vejo que são poucas as pessoas que de fato gostam de mim e que de fato vão me dizer a verdade sobre as coisas da vida...sobre a minha vida. Minha sábia mãe dizia que nos momentos difíceis descobrimos quem se importa mesmo com a gente. E é a verdade. Na difícil convivência que sabemos quem é quem. Fácil é estar ao lado de bem sucedidos, bem casados, com dinheiro na conta para bancar almoços e passeios. 
Ficar sem minha mãe me deixou um vazio tão grande que só é preenchido pelo meu filho. Meu companheiro e que logo vai bater asas e voar, mas sei, em meu coração, que sempre poderei contar com ele. E ele está lá, nos meus melhores e piores momentos, não por obrigação, mas por amor. Porque nem filho ou mãe são obrigados a coisa alguma, se o fazem, é por amor.
As outras relações são todas vividas com receios: "cuidado para não falar o que pensa para não magoar; cuidado para não afastar a pessoa com seu jeito de verdade", E sempre "pisando em ovos" para não magoar. "Porque você casou e mudou; mora longe agora" e tantas outras desculpas que passamos a dar para facilitar o distanciamento, para uma saída quase perfeita, pois "nunca se sabe quando vamos precisar da pessoa". É utópico achar que é diferente disso. Pessoas que eu sempre pensei que se importavam, que estariam ao meu lado nos momentos felizes e infelizes, simplesmente não estão. Estão por aí... Que eu dava importância, mas hoje vejo que não é recíproco. Talvez a gravidez me deixe sensível, talvez os hormônios influenciem, mas sei que as coisas são assim e escrevo com certo medo de magoar alguém. Mas quer saber? Cansei de ter medo de sujar os pés em tantos ovos que, de uma forma ou de outra vão se quebrar.




segunda-feira, 13 de abril de 2015

Coisas da vida...

    Era uma vez Amor e Insegurança. Amor gostava muito de ficar no Jardim Presente, mas de tempos em tempos oscilava entre passear pelo Jardim Passado e Jardim Futuro. Insegurança adorava acompanhá-lo nesses passeios e os dois pareciam conviver bem juntos. Porém, Amor passava mais tempo e sentia-se melhor quando estava no Jardim Presente, onde se encontrava com Paz.
    
    Certo dia, Amor e Insegurança ficaram um tempão no Jardim Passado e lá conheceram Caos e passaram a gostar dele e a achá-lo importante. Paz, vendo o acontecido lá do Jardim Presente, começou a entristecer e enfraquecer. Ela tentou conversar com Amor, mas Insegurança estava mais próxima e parecia tão mais coerente... Caos se fazia forte e Insegurança passou a flertar com ele, pois assim Amor ficaria lá com ela para sempre! E então, Caos foi ficando e Amor, sem perceber, estava cercado por ambos que não o deixaram mais encontrar ou sequer ver Paz, que já nem tinha mais argumento para trazer Amor de volta à sua companhia.


    Assim, Caos e Insegurança foram abafando Amor com ideias e histórias sem sentido e ele foi acreditando que fossem verdades e Paz, sem muito o que fazer, lá de longe, viu o Amor morrer, asfixiado pelo Caos, forte Caos. Esperta, Insegurança se mandou, para tentar se manter forte e viva até encontrar outro Amor. Paz tentou se manter no Jardim Presente, mas estava tão sozinha e lembrou de Esperança, que morava no Jardim Futuro  e foi logo para lá e se confortou...  parecia que apenas assim ela poderia existir sem Amor.


sábado, 7 de fevereiro de 2015

"Só sei que nada sei...

...e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa." 

       Hoje na aula de pós graduação me senti ainda mais assim, como essa frase de Sócrates. Me deu uma "fome" de querer saber mais sobre tudo e todos e, ao mesmo tempo uma agonia por saber que não dará tempo, pois essa vida parece tão curta perto de tanta coisa que há para ver, sentir e absorver...!
      Ao mesmo tempo que me sinto abençoada pela vida que vivo, sinto como se tivesse que viver mais um trilhão dessa para aprender tudo que tenho vontade e para evoluir. 

      Como somos pequenos,"insábios"! Como ainda temos tanto a viver e aprender! E para isso é preciso sair do conforto, arriscar, ir atrás. Mesmo sendo cansativo, é recompensador. 

          Conhecimento é vida em movimento.              
                                                Vida em movimento gera conhecimento. 
                                                                                            E assim se ilumina a alma.
(Carol Rodrigues)